24 março, 2015

A INFELICIDADE REAL

O Evangelho Segundo O Espiritismo, Capítulo V


 “Toda a gente fala da infelicidade, toda a gente já a sentiu e julga conhecer-lhe o caráter múltiplo. Venho eu dizer-vos que quase toda a gente se engana e que a infelicidade real não é, absolutamente, o que os homens, isto é, os infelicitados, o supõem. Eles a veem na miséria, no fogão sem lume, no credor que ameaça, no berço de que o anjo sorridente desapareceu, nas lágrimas, no féretro que se acompanha de cabeça descoberta e com o coração despedaçado, na angústia da traição, na desnudação do orgulho que desejara envolver-se em púrpura e mal oculta a sua nudez sob os andrajos da vaidade. A tudo isso e a muitas coisas mais se dá o nome de infelicidade, na linguagem humana. Sim, é infelicidade para os que só veem o presente; a verdadeira infelicidade, porém, está nas consequências de um fato, mais do que no próprio fato. Dizei-me se um acontecimento, considerado ditoso na ocasião, mas que acarreta consequências funestas, não é, realmente, mais infelicitante do que outro que a princípio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. Dizei-me se a tempestade que vos arranca as árvores, mas que saneia o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade.
Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as consequências. Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as consequências se fazem sentir. Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura. Vou revelar-vos a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais com todas as veras de vossas almas iludidas. A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir. Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! A Deus não se engana; não se foge ao destino; e as provações, credoras mais impiedosas do que a matilha que a miséria desencadeia, vos espreitam o repouso ilusório para vos imergir de súbito na agonia da verdadeira infelicidade, daquela que surpreende a alma amolentada pela indiferença e pelo egoísmo. Que, pois, o Espiritismo vos esclareça e recoloque, para vós, sob verdadeiros prismas, a verdade e o erro, tão singularmente deformados pela vossa cegueira! Agireis então como bravos soldados que, longe de fugirem ao perigo, preferem as lutas dos combates arriscados à paz que lhes não pode dar glória, nem promoção! Que importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no Reino celeste?”
Delfina de Girardin. (Paris, 1861.)
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30 maio, 2014

Yorimá - Obaluayê


Obaluayê é a Vibração que está assentada no polo positivo ou irradiante da Linha da Evolução, que é a sexta Linha de Umbanda. É o Trono Masculino da Evolução, que representa e irradia a Vibração Divina que promove a Evolução contínua de todos os seres e elementos da Criação. Cor Amarelo e preto.

 Como Orixá Universal, Obaluayê irradia, o tempo todo, Sagradas Energias que nos fazem dar um passo à frente; inclusive transmutando ou modificando de forma positiva todo e qualquer sentimento, pensamento ou energia contrária à nossa evolução, principalmente para não atingir nosso perispírito e consequentemente atingir o nosso corpo físico por meio de doenças devido ao desiquilíbrio de pensamentos atraídos ou criados. Essa atuação se dá por meio da luz violeta, essencialmente transmutadora, a frequência mais alta de todas as cores do arco-íris. Por trás da simplicidade com que o Divino Pai Se manifesta entre nós, está presente “a chama violeta”, preciosa e Divina.

Muito associam Obaluayê apenas à ideia do Orixá Curador, “o Médico Sagrado da Umbanda”, que Ele realmente é. Mas Obaluayê representa mais que isto: Ele é o Senhor das Passagens de um plano para outro, de uma dimensão para outra, de um estado ou condição para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa, pois atua diretamente no processo reencarnatório, também acionando com o tempo se necessário  doenças como prova e expiação para nossa evolução registradas em nosso perispíritos por ações praticadas e registradas em encarnações passadas, para depuração de nosso perispírito.   É um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, por meio da irradiação dos Fatores Transmutador e Evolucionista.

O Fator Transmutador de Pai Obaluayê tem por função transmutar não apenas uma situação particular da nossa vida, como também a de transmutar a ação dos outros Fatores: é a Transmutação Divina atuante em toda a Criação. Transmutar significa transformar o negativo em positivo. Já o seu Fator Evolucionista ou Evolutivo tem por função criar as condições necessárias para a evolução dos seres, correspondendo, portanto, à Presença da Evolução atuante na Criação.

Na Umbanda, Obaluayê é geralmente sincretizado com São Roque e com São Lázaro. Em poucas regiões do país seu sincretismo é com São Sebastião.
 
São Roque, celebrado em 16 de agosto, é o santo católico protetor contra a peste e também o padroeiro dos inválidos e dos cirurgiões. Sua imagem mostra que tem ferimentos nas pernas; ao seu lado aparece um cachorro. Por sua vez, São Lázaro é um santo católico muito invocado para a cura de dores morais e físicas, sendo festejado em 17 de dezembro. Sua imagem mostra o santo coberto de feridas e um cachorro que lambe essas feridas. Observa-se que o cachorro, que aparece ao lado dos dois santos, é um animal que também entra no Mistério de Obaluayê e de Omolu.

O nome Obaluayê significa: “o Rei e Senhor da Terra” (Oba=Rei; Lu= Senhor; Ayê= Terra). Obaluayê é o Rei e Senhor do elemento terra e da matéria ou do mundo material. É conhecido como o Rei das Almas do Ayê, o Senhor das Almas.

O Trono da Evolução é um dos sete Tronos Essenciais que formam a Coroa Divina Regente do nosso planeta. Na Umbanda, ele projeta a Linha da Evolução, que é regida por Obaluayê (Orixá Masculino e Universal) e Nanã (Orixá Feminino e Cósmico).

Obaluayê e Nanã são Orixás que cuidam das passagens dos estágios evolutivos de todos os seres e elementos. Dão a sustentação energética Divina para que alcancemos o próximo passo do caminho evolutivo, para a subida dos degraus do caminho da evolução. Eles nos encaminham para dar o passo à frente e deixar para trás o que não serve mais para a nossa vida, despertando em nosso íntimo o desapego, a perseverança, a humildade, a paciência, a sabedoria adquirida com a experiência etc. também usam as energias que são guardadas pelos exus ao comando de Ogum Mege   da decomposição do corpo (duplo Etéreo ) para serem utilizadas nas grandes ondas de doenças  no sentido de fazer crescer as criaturas por expiações e provas através de  surtos de doenças quando são estabelecidas pelos grandes mentores do universo . Por isso, Obaluayê e Nanã regem o Mistério Ancião, dentro do qual trabalham os Pretos Velhos. O Mistério Ancião também está ligado aos Orixás Oxalá e Oyá-Tempo, envolvendo as noções de Espaço-Tempo. Este Mistério de Deus está voltado para a estrutura daqueles que se manifestam como “Velhinhos” - trazendo Sabedoria, Paciência, Experiência, Vivência, ausência de ansiedade diante do tempo e tudo o que representa a libertação pelo conhecimento verdadeiro, um conhecimento adquirido e posto na prática, trazendo a Sabedoria.  O “Velho” (curvado, com o caminhar lento etc.) é o arquétipo daquele que passou pelas eras e se estabilizou no tempo, carregando Conhecimento e Sabedoria. O “Velho” é aquele que nos faz acreditar, que nos emociona e que nos convence porque toca lá dentro da nossa alma. Quem nunca se emocionou diante da Simplicidade, da Humildade e do extremado Amor de um Preto Velho? Quantas vezes “o olhar” de um Preto Velho transformou vidas, trouxe esperança, abrandou corações? Os Pretos Velhos carregam justamente o magnetismo da Sabedoria, da Humildade e da Bondade, com o poder transformador das Energias que lhes são características e que provêm das Irradiações do Sagrado Trono da Evolução. Trabalha também com a linha de iansã para retiradas de espíritos doentes que vagam e se alojam em perispíritos de médiuns e de pessoas encarnadas. Ogum Megê  e Exu caveira  os generais são responsáveis pelos exus para  de proteger as energias negativas das doenças dos corpos em decomposição, para que espíritos impuro e endurecidos maldosos não a utilizem para a realização da maldade, a não ser quando necessário para fins evolutivos( quem não cresce pelo amor cresce pela dor,  a evolução nunca deve parar, a lei de causa e efeito deve ser aplicada, no momento certo conforme orientação dos mestres das alturas  em favor do crescimento espiritual da humanidade  também encaminham os espíritos perversos as esferas umbralinas  para que não possam  acumular mais débitos e prejudicar encarnados , e também para se purificarem nas  Estes espíritos perversos são encaminhados as esferas umbralinas para se purificarem se arrependerem ter despertamento do arrependimento, para serem resgatado no momento certo.

Evoluir é sair de um nível de consciência e alcançar outro, alcançar outra realidade. Evoluir é fazer uma passagem de uma condição para outra condição melhor. Obaluayê é o Orixá que nos ajuda a fazer a passagem, já que passagem é aqui sinônimo de evolução. O maior simbolismo de passagem é o desencarne, a passagem do mundo material para o mundo espiritual. Logo, o campo santo ou cemitério é um lugar sagrado, é o sítio sagrado de Obaluayê, assim como de Nanã Buroquê e de Omolu. O cemitério é “a casa de Obaluayê”, para onde todos nós iremos um dia. (e que possui várias dimensões .  Precisamos aprender a enxergar o cemitério como lugar sagrado, um portal aprender a ver a Presença de Deus e de Obaluayê naquele lugar sagrado que está destinado a receber nossos restos mortais, e também espíritos que ali permanecem por muito tempo grudados aos seus restos mortais por apego materialistas que não conseguem se libertar de seu envoltório físico, até o momento de afastar imaterialistas remorso, que não se justificam mais nos tempos de agora.

Os pontos de força de Pai Obaluayê são o cemitério (a calunga pequena) e o mar, este chamado também de calunga grande (porque nele eram jogados os corpos dos escravos mortos nas viagens forçadas da África para o Novo Mundo).

No processo da reencarnação, é também marcante a Presença de Pai Obaluayê e de Mãe Nanã. A reencarnação é a passagem do ser do plano espiritual para a realidade material.

O Mistério Obaluayê reduz o corpo plasmático do espírito ao tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado. O Divino Pai Obaluayê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto). E Mãe Nanã decanta o mental dos espíritos que irão reencarnar, apagando a memória das suas encarnações anteriores, para que possam recomeçar de forma proveitosa.

Nesta linha de Omulu trabalham também os médicos enfermeiros e todas as almas bondosas e caridades no serviço de refazimento do perispíritos de desencarnados e encarnados doentes conforme seu merecimento. A linha de Omulu e Obaluayê e Nanã tem vários setores desde o cemitérios até os hospitais de refazimento de cura etc.

Obaluayê é associado à Sabedoria, à Maturidade e à Ponderação, bem como os planetas Saturno e Júpiter.

Seu número é o quatro, que representa: o mundo material; os 4 pontos cardeais; os 4 elementos; o Alto/Embaixo/Direita/Esquerda; o quadrado. Simboliza a concretização do Divino no plano material. Seu primeiro elemento é a terra e o 2º elemento é a água.

Obaluayê e Nanã são Orixás que atuam magneticamente nos elementos terra e água. Obaluayê é ativo no elemento terra e passivo no elemento água. É um Orixá terra/água. Inversamente, e como seu par complementar, Mãe Nanã é ativa no elemento, trabalhando a mesma mais no campo da cura, elemento água e passiva no elemento terra. Ela é um Orixá água/terra.

Seu sincretismos são as senhoras Nossa Senhora Santa Ana, Nossa senhora das Dores etc.

Obs. um espirito errante é o que tem o livre arbítrio de escolher ficar vagando, devido a densidade de seu perispírito seja por vícios ou outro fato, desde que não prejudique ninguém. A partir do momento que começa a prejudicar algum encarnado estimulado ódio, raiva rancor, ódio pelo fato de com o tempo perceberem não sentirem mais as mesmas sensações de quando encarnados, são levados, caso aceitem ajuda, a hospitais de refazimento, do contrário serão levados ao umbral, encaminhados pelos Exus das ruas. (Exu de Lei etc...)  
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